terça-feira, fevereiro 22, 2011

Ode à Insônia


Outra vez em minha vida
seja bem-vinda e discreta,
Oh, minha insônia querida
que tranforma-me em poeta.

Enquanto eu, aqui sozinha,
concretizo meus versinhos,
durma bem, oh mamãezinha,
e sonhe com os anjinhos.

Durma bem meu irmãozinho.
Papai, não fique acordado!
Eu vos guardo com carinho
os vossos sonhos cansados.

Não irei pra cama agora
de nenhum jeito e maneira.
O sono, como outrora,
não me fará prisioneira.

De dia eu não me gosto,
visto que não sou alada.
Na poesia sempre aposto,
sempre sonho acordada.

A insônia que, em vão,
sempre aos outros enlouquece,
vem me dar inspiração,
minha mente enaltece.

Só quando o sol apontar,
rasgando o anil estrelado,
e o sonho se desmanchar
em quem já acorda deitado...

A insônia não mais terei,
terei só minha poesia.
Feliz, então, dormirei
na minha noite do meu dia.

Daniela Rodrigues
08.06.2010




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