As palavras que eu digo,
cem, mil, cinco mil por dia.
Quem dera eu, ai de mim,
dizer algo e ser ouvida.
Minhas palavras ecoam
dentro do meu pensamento,
querem sair, mas não saem,
morrem no esquecimento.
Será que sou tranparente,
para não ser enxergada?
Será minha voz insonora?
Nem sequer é escutada.
E é nessa angústia que emerge
e se funde às que já tenho,
desditosa do que digo,
venturosa do que penso
Que, desesperadamente,
com o discurso já perdido,
bem profundo no meu âmago,
silenciosa, eu grito.
Daniela Rodrigues
24.05.2010
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